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6/19/2020

Mafersa (Frota D - Extinta)

Desenho abaixo, para sua visualização: Clique na imagem e quando abrir a janela clique em cima da imagem novamente.

https://trenspaulistanos.files.wordpress.com/2016/02/mafersad.jpg

História da frota: para entender o surgimento da frota Mafersa, a antiga frota D, clique aqui.
Últimos anos de operação: com operação fixa na linha 3- Vermelha, antiga leste - oeste, ainda na década de 1990 com a inauguração da linha 2-Verde (antigo "Ramal Paulista") foram remanejadas para a nova linha, que até então ia de Paraíso a Clínicas e posteriormente foram até Ana Rosa,o ponto final da linha em 1992, alguns modelos Mafersa e também alguns modelos Cobrasma. Ficou nesta operação por alguns anos até que os Cobrasma voltaram para a linha 3- Vermelha, cabendo agora o Metrô remanejar alguns modelos Budd Mafersa, que era frota fixa da linha 1- Azul a dividir a operação do trecho com os modelos Mafersa (que na época eram mais novos no sistema). 
Em 1998 foram inauguradas no lado oeste da linha as estações Sumaré/Santuário Nossa Senhora de Fátima e a estação final Vila Madalena, ainda sim com as operações da Mafersa junto com a Budd.
No final da década de 1990, muitos modelos Mafersa começaram a ser remanejados ao Pátio Itaquera para a mudança na pintura da máscara (que foi substituída da faixa azul com a identificação do carro para o padrão metropolitano, pintura essa que foi posta não só nos trens do metrô, mas também nos trens da CPTM e também nos ônibus intermunicipais, recebendo uma pintura azul em sua frente com a inscrição "Metropolitano"). Outra mudança nos modelos Mafersa, foi a mudança do padrão de portas borracha - larga para o padrão macho e fêmea (para saber como era o sistema borracha - larga nas portas, clique aqui). Assim que iam ser reformados, consequentemente os modelos Mafersa foram remanejados de volta para a linha 3- Vermelha, já que nessa época a linha era operadas pelos Cobrasmas e pelo recém trem entregue, o Milênio, mas que por determinado momento não era capaz de suportar a lotação da linha, que já estava muito saturada e com constantes problemas. Assim então foi feito a troca de todos os modelos Mafersa, que eram mais eficientes, para a linha 3 e progressivamente os modelos Milênio foram remanejados pouco a pouco para a linha 2- Verde (remanejamento este encerrado praticamente em 2001). 
Mafersa na linha 3, sua linha original de operação. Foto: Derick Roney

No meio da década de 2000, com o plano "Expansão SP", foi planejado a reforma dos 98 trens antigos do metrô (com a reforma, seria implementado ar - condicionado, sistema de vigilância, modernização de freios, painéis digitais para os passageiros, mudança nos layout interno dos trens e mudança nas portas, ou seja, pegariam um trem antigo e transformaria em um trem praticamente novo, aproveitando somente a caixa de aço inoxidável, a sua estrutura).
Em 2008 foi definido por concorrência pública, embora questionável, o vencedor da reforma dos modelos Mafersa: Consórcio Reformas Metrô, formado pelas empresas Alstom e IESA). No mesmo final da década o metrô padronizou todas as suas frotas com as letras do alfabeto, sendo o Mafersa nomeado como frota D ("A" pertencia aos modelos Mafersa de licença Budd e "C" aos modelos Cobrasma, de licença Francorail), sendo a Mafersa a terceira frota mais antiga do Metrô. A modernização dos Mafersa pela Alstom não foi de todo mal, pois foi a mesma empresa francesa que adquiriu a massa falida da empresa brasileira no começo da década de 1990 e que por sinal recuperou a fabrica da empresa na região da Lapa, zona oeste da cidade de São Paulo, assumindo a fabricação nacional e a modernização de tantos outros modelos Mafersa que existiam em operação, tanto é, que ela foi responsável pela modernização de alguns trens do Metrô do Rio de Janeiro (que também era Mafersa) e fabricou os trens do Distrito Federal (uma cópia fiel dos trens cariocas). além de reformas nos trens Budd que operavam a área suburbana da Região Metropolitana de São Paulo. 
Em 2009, para dar início a modernização da frota, os trens D26 e D27 (326 e 327 respectivamente) foram mandados a Alstom para iniciar sua transformação (os dois modelos foram os primeiros modelos Mafersa inserido no Metrô na década de 1980, sendo o 326 o trem de identificação 3151 - 3156. 

Trem D37 (337) em operação na linha 1-Azul. Foto: Gabriel Ferreira/TP

Em 2011 foram entregues já modernizados, os trens L26 e L27 (sendo "L" denominada a nova frota modernizada da Mafersa) para a linha 3- Vermelha. Até então, a linha 3 tinham a mais frota diversificada em operação naquela época, pois várias outras frotas foram inseridas em contrapartida por causa da saída dos modelos Cobrasma e Mafersa que estavam indo para modernização. Numa mesma linha poderia se encontrar, além da frota C e D, alguns frota H (os recém chegados modelos CAF) e os frotas K (da antiga Cobrasma) e L (do antigo Mafersa), que entravam no sistema após um período de atualização. 
Em 2013 fora decidido que outros modelos da Frota H, cerca de 7 a 9 trens que operavam a linha 1- Azul seria remanejado para a linha 3- Vermelha, pois estes modelos mais novos tinham portas mais largas e que seria de boa ajuda para desafogar ou melhorar o embarque da linha. Sendo assim com a constante ida dos CAF para a linha 3- Vermelha, algo inacreditável aconteceu ao mesmo tempo: os modelos Mafersa, que operou as linhas 2- Verde e 3- Vermelha, foram mandados agora a operação da linha 1- Azul (algo que nunca aconteceu durante sua operação. Assim a linha 1 também aconteceu de ficar com frota diversificada em seu trecho: além da frota A (que tinha seus modelos mandados à modernização), agora tinha a frota D e frotas I e J (modernizado dos modelos Budd) sendo 2014 a inserção total de seus remanescentes trens a linha mais antiga do Metrô. Embora alguns modelo Mafersa foram mandados a linha azul, os modelos modernizados, a frota "L" permaneceram na linha 3 até então pois tinham ar - condicionado e eram mais necessários na linha mais congestionada do sistema. 

Estação Sé e a frota D na linha 1 (abaixo) e frota H na linha 3 (acima). Foto: Gabriel Ferreira/TP
Em abril de 2017, com a rapidez na modernização dos modelos Mafersa, restou apenas um único modelo a ser modernizado, o D45 (345) e se tornou o último modelo na operação do Metrô de São Paulo sendo mandado a modernização em definitivo, no dia 05 do mês seguinte. Operou por 31 anos nas três linhas do Metrô: 1- Azul, 2- Verde e 3- Vermelha. P.s: Consequentemente o D45 foi o último modelo reformado Alstom, rebatizado de L45.

Obs: embora o desenho acima representado seja o D26, em nenhum momento esse trem recebeu a atualização dos prefixos (no caso D26) permanecendo apenas como trem 326. Embora o desenho acima esteja mostrando os destinos "Jabaquara" e "Tucuruvi", o D26 também nunca operou essa linha, pois foi mandado à modernização ainda quando operava a linha 3- Vermelha e os destinos acima são da linha 1- Azul, porém como a frota D foi "aposentada" na linha 1, então os destinos se referem a frota em sí e não ao trem.

Texto: Gabriel Ferreira

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