Metrô em tempo real

4/15/2020

Hyundai Rotem 400

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 Situação da frota: Todos os trens operam a linha 4-Amarela (Luz - São Paulo/Morumbi)

História: Parece a todos os paulistanos, que a Linha 4-Amarela do Metrô foi idealizada num curto espaço de tempo e por ser uma linha moderna, não teve um paralelo com as demais linhas antigas do Metrô. Mas se engana que esse era o propósito...então vamos lá!!
No final da década de 1960, com os estudos e planos de se fazer as primeiras linhas de metrô, já sob o conhecimento da recém criada Companhia do Metropolitano e do consórcio HMD (de Hochtief, Montreal e Deconsult) ficou avalizado pela pesquisa Origem-Destino, na época, que a cidade deveria ser distribuído em quatro linhas, nas quais:

Linha Norte-Sul (Jabaquara - Santana) e Ramal Moema (Paraíso - Moema)
Linha Leste-Oeste (Casa Verde - Vila Maria)
Linha Paulista (Paraíso - Vila Madalena) e
Linha Sudoeste-Sudeste (Jóquei Clube - Anchieta) e Ramal Vila Bertioga (Pedro II - Vila Bertioga).

Planejamento das linhas e estações. Revista Acrópole (1971) n° 33 p.14
Como sabemos, somente a "Linha Norte-Sul" (atual Linha 1-Azul) foi totalmente concebida em sua originalidade (com exceção do Ramal Moema, que em parte atenderia a região de bairro de mesmo nome, foi construído anos depois para uso da Linha 5). Conforme a construção da linha Norte-Sul avançava, os projetos das futuras outras linhas foram mostrando uma mudança, talvez estratégica, saíram do projeto original. O lado leste da "Linha Leste-Oeste" que iria para Vila Maria foi alterado para ir agora, até Corinthians-Itaquera e assim a nova linha acompanharia o leito da antiga E.F.C.B (Estrada de Ferro Central do Brasil) que nessa época já estava sob administração da Rede Ferroviária S.A (RFFSA). 
Após a conclusão da primeira linha, já estava em andamento o começo da extensão leste do metrô, sendo assim em 1979 foi entregue o trecho Sé-Brás (onde a última estação, embora integração gratuita não houvesse na época, tinha acesso com o sistema de trens urbanos da RFFSA) e entre essas duas, a estação Pedro II (nome dado ao parque onde fica a estação). Porém o governo estadual (que por sinal na época era eleito indiretamente, ou seja, não era elegido pelo povo) tratou de já adiantar, que como o projeto da "Linha Sudoeste-Sudeste" passaria pela estação Pedro II, já deveria de haver também, uma plataforma onde seria feito a integração da recém linha inaugurada (ou trecho inaugurado). A plataforma da linha nova seria a dois pavimentos abaixo da estação Pedro II, onde futuramente a então linha 4 passaria ali. E para deixar tudo bem óbvio, foi construído a nova plataforma subterrânea e para os passageiros que alí passavam, tinham um ponto de visão 360° (assim como acontece na Estação Sé) da visão do piso inferior.

Mapa da linha, seguindo o padrão de cores e nomes originais feitos pelo Metrô. Arte: Gabriel Ferreira/TP
Essa foi uma estratégia do governo do estado e pela secretaria de transportes, que por sinal era Paulo Maluf ( 1975-1979) o responsável pela pasta administrada pelo então governador Paulo Egydio (1975-1979). Sendo a parte leste iniciada e o Metrô já operando o pequeno trecho, começou as obras para o trecho oeste da linha (que já não ia mais para a Casa Verde e morreria alí na Barra Funda). Assim foram feitas suas primeiras estações do lado oeste: Anhangabaú, República e Santa Cecilia (sendo a estação República a primeira a ser entregue em 1982) pelo já governador Paulo Maluf, que tinha ganhado na ARENA a eleição indireta ao cargo e assim como foi feito, a Estação República também teria uma nova plataforma para atender a necessidade da linha 4. Como vemos no mapa acima, ela formaria um "U" invertido onde o atendimento passaria pelas duas estações.
Sendo assim, posteriormente, toda a linha 3 passou pelas mãos de Franco Montoro e Oréstes Quercia para ser inuagurada em sua complexidade e onde é sua extensão mais atual (de Itaquera a Barra Funda). Talvez pela imensa falta de zelo ao dinheiro público ou por simplesmente ter que esperar um pouco mais, as plataformas cujo os governos tinham começado, jamais tiveram alterações desde então e ficaram ali esperando sua conclusão e para isso as obras da linha 4 teriam que ser começadas, sem antes um porém: ainda tinha uma outra linha a ser iniciada antes desta e que seria de fundamental importância pois iria ser a linha que passaria na Avenida Paulista (a mais importante avenida da cidade) e que obras começaram em 1987 já na transição do governo Montoro para o governo Quércia (sendo estes governadores eleitos por voto popular). Como sabemos o trecho da linha 2 (que já tinha seu projeto modificado) iria até o bairro do Oratório porém foi entregue apenas o trecho Ana Rosa-Clínicas (a estação Oratório só entrou muitos anos depois na Linha 15-Prata).
Sendo satisfeito por hora, não se mexeu tanto nas antigas estações da futura linha 4 quanto da extensão e assim ficou um bom tempo.