Metrô em tempo real

8/07/2020

Cobrasma/sob licença Francorail (Frota C - Extinta)

Desenho abaixo, para sua visualização: Clique na imagem e quando abrir a janela clique em cima da imagem novamente. 
https://trenspaulistanos.files.wordpress.com/2016/02/cobrasmac01.jpg

História da frota: para entender o surgimento da frota Cobrasma, a antiga frota C, clique aqui.
Últimos anos de operação: com operação fixa na linha 3- Vermelha, antiga leste - oeste, ainda na década de 1990 com a inauguração da linha 2-Verde (antigo "Ramal Paulista") foram remanejadas para a nova linha, que até então ia de Paraíso a Clínicas e posteriormente foram até Ana Rosa,o ponto final da linha em 1992, alguns modelos Cobrasma e também alguns modelos Mafersa. A frota Cobrasma em sua minoria teve vida curta na operação da linha 2-Verde e voltaram em questão de poucos meses para a linha leste-oeste cabendo agora o Metrô remanejar alguns modelos Budd Mafersa, que era frota fixa da linha 1- Azul a dividir a operação do trecho com os modelos Mafersa (que na época eram mais novos no sistema junto aos Cobrasma).
No final da década de 1990, muitos modelos Cobrasma começaram a ser remanejados ao Pátio Itaquera para a mudança na pintura da máscara (que foi substituída da faixa azul com a identificação do carro para o padrão metropolitano, pintura essa que foi posta não só nos trens do metrô, mas também nos trens da CPTM e também nos ônibus intermunicipais, recebendo uma pintura azul em sua frente com a inscrição "Metropolitano"). Outra mudança nos modelos Cobrasma, foi a mudança do padrão de portas borracha - larga para o padrão macho e fêmea (para saber como era o sistema borracha - larga nas portas, clique aqui). No restante final dos anos 1990 os Cobrasma dividiu a operação com alguns Mafersa (de forma parcial) pois alguns modelos ainda operavam a linha 2-Verde. 
No final da década a agora linha 3- Vermelha recebeu da companhia os modelos Alstom Milênio, que foi entregue ao Metrô em 1999, assim a frota da linha ganhou o acréscimo de mais uma frota e que de certa forma, deveria desafogar a superlotação da linha, porém os problemas estavam além da capacidade dos trens e o modelo Milênio costumava ter frequentes problemas na linha, principalmente em horário de pico e durou até 2001, quando foram remanejados a linha 2- Verde na mesma proporção que o Metrô "resgatava" os modelos Mafersas que lá operaram. Os Milênios voltariam anos mais tarde a linha 3- Vermelha na época da modernização dos trens.
No meio da década de 2000, com o plano "Expansão SP", foi planejado a reforma dos 98 trens antigos do metrô (com a reforma, seria implementado ar - condicionado, sistema de vigilância, modernização de freios, painéis digitais para os passageiros, mudança nos layout interno dos trens e mudança nas portas, ou seja, pegariam um trem antigo e transformaria em um trem praticamente novo, aproveitando somente a caixa de aço inoxidável, a sua estrutura).
Composição 302, o último modelo Cobrasma do Metrô. Foto: Derick Roney
Em 2008 foi definido por concorrência pública, embora questionável, o vencedor da reforma dos modelos Cobrasma: Consórcio MTTrens, formado pelas empresas TTrans, MPE e Temoinsa). No final da década o metrô padronizou todas as suas frotas com as letras do alfabeto, sendo a Cobrasma nomeado como frota C ("A" pertencia aos modelos Mafersa de licença Budd e "D" aos modelos Mafersa), sendo a Cobrasma a segunda frota mais antiga do Metrô até então
Em 2009, para dar início a modernização da frota, os trens C01 e posteriormente C07 (301 e 307 respectivamente) foram mandados a TTrans para iniciar sua transformação (o primeiro trem em questão foi o primeiro Cobrasma entregue ao metrô, ainda com o prefixo de trem 3001 - 3006 na década de 1980).
Em 2011 foram entregues os modelos modernizados da antiga Cobrasma o K01 e K07 (antigos C01 e C07) e sua adaptação no sistema foi totalmente questionada assim que esses modelos entraram em operação. Para saber mais da frota K, clique aqui. Ainda sim, a frota da linha 3- Vermelha tinha em um só trecho, os modelos Cobrasma (C) e Mafersa (D), a recém entregue frota H, da Caf e os modelos modernizados da Cobrasma (K) e Mafersa (L).
Em maio de 2012 por pouco um modelo Cobrasma não foi palco de uma grande tragédia nos trilhos: o trem prefixo C20 (320) segundo relatos de usuários na época, acelerou rapidamente assim que saiu da estação Penha (sentido Palmeiras - Barra Funda). Se não bastasse isso, o Cobrasma ainda esbarrou com um trem no meio do trecho entre as estações Penha - Carrão, era o modelo H56 da CAF que estava parado esperando liberação do trecho para prosseguir viagem e houve um pequeno impacto entre as composições, mas que resultou em 45 feridos leves. Segundo o sindicato na época, o trem C20 estava em modo automático e ressalta que estando nesse modo, era impossível ele ter essa ação, que independe do comando do operador e sendo o trem guiado por conta própria, deveria ter freado assim que a distância do trem a frente estava diminuindo, já que o sistema é capaz de detectar e acionar o freio a tempo de evitar o acidente. 
Acidente com o C20 em maio de 2012. Foto: Alexandre Moreira/Brasil Photo Press
 Com a operação regular dos modelos Cobrasma, que não era tão bons quanto os modelos Mafersa mas que ainda eram superiores aos modelos reformados pela TTrans, em 2014 foi mandado o último trem a modernização: trem 302 fez sua última viagem em 10 de julho desse ano, sendo recolhido em seguida para o Rio de Janeiro, onde de um total de 25 trens, teve por concluído a reforma dos modelos Cobrasma. Vale lembrar que a TTrans foi a primeira empresa modernizada a finalizar a entrega dos trens para o metrô, comparado as outras três empresas do consórcio. Os modelos que são da antiga Cobrasma compreendem os prefixos K01 ao K25 operando fielmente a linha 3- Vermelha até os dias atuais.

Texto: Gabriel Ferreira