Metrô em tempo real

2/02/2015

Bombardier Innovia 300 (Frota M)

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 Innovia 3000

Situação da Frota: Em Março de 2020, toda a frota foi paralisada, causando também a interrupção total da linha 15. Foi detectado que os pneus que ficam embaixo do trem e que conduz a movimentação do mesmo, estavam tendo um desgaste acima do normal e até estourando em alguns trechos, o que causaria fragilidade em todo o sistema. Sendo assim a canadense Bombardier, a fabricante do Innovia, pediu a interrupção da operação da frota de 23 trens para possível analise dos compostos. Do mesmo modo, o metrô analisa todo o trecho das colunas onde o monotrilho opera para ver possíveis avarias que causariam tal desgaste. Vale lembrar que o monotrilho nunca funcionou com total confiança pela operação autônoma, o CBTC, pois como um sistema inovador jamais operado no Brasil, houve constantes falhas mesmo operando inicialmente 2km (o trecho Vila Prudente - Oratório). Em janeiro de 2019, dois trens vazios (M22 e M23) colidiram sem deixar feridos, na ainda futura estação Jardim Planalto. Segundo o metrô, um dos trens iria para uma área não operacional da linha quando veio a se chocar com um trem parado na estação. Antes da paralisação da linha, em fevereiro de 2020 ainda veio a notícia que um trem saindo do pátio Oratório, quase colidiu com um trem operante na via, sentido São Mateus. Devida a imensa instabilidade, todos os trens circulam com um operador a bordo, principalmente para acionar freios de emergência em caso de extrema necessidade.
Em junho de 2020, a operação da linha voltou em forma progressiva atendendo determinado trecho para análise de possíveis ou futuras falhas. Ônibus do Paese permaneceram operando a extensão paralelo a linha.
História do Innovia 300: Bem pessoal, para quebrar um pouco a série sobre a CPTM porém não menos importante, vou tratar hoje sobre o novo sistema de trens e é o segundo em operação no Brasil porém será o primeiro em que realmente será efetivamente válido, o Monotrilho da linha 15 do Metrô de São Paulo. O monotrilho (monorail) é um sistema de trens operado em uma trilho único em ambos os sentidos. Esse método de operação consiste em uma obra rápida e emergencial para desafogar determinados trechos em uma cidade e ser um auxilio na mobilidade urbana. Visualmente seu impacto ambiental é maior, pois sendo elevado pode degradar uma região devido seus pilares de sustentação que causam um contraste na paisagem urbana, habitualmente não adaptado aos costumes brasileiros. Na década de 1980 em Poços de Caldas a prefeitura da cidade realizou uma concorrência para uma empresa privada desenvolver um sistema moderno em massa de transportes no município. Realizou-se então a obra do Monotrilho de Poços de Caldas por uma empresa privada e que operaria o novo modal por durante 50 anos e após, seria repassado ao poder publico. *O modal teve suas obras incompletas entregues no começo da década de 1990 (*operou por um tempo indeterminado, carece de mais precisão sobre) porém a empresa privada acabou não completando o restante da obra e nos anos 2000 os serviços foram interrompidos, por isso São Paulo vai deter este sistema de transportes como algo a longo prazo porém não foi a primeira cidade a deter o título de primeiro monotrilho brasileiro. Pra entender então como esse sistema nasceu na capital paulista, vamos voltar no começo dos anos 90. O metrô na época estava em ligeira expansão: a linha 3-Vermelha (então Leste-Oeste) tinha sido entregue por completo em 1988 e desde então o governo do estado estava dando o pontapé inicial nas obras da linha 2-verde (denominada na época Vila Madalena-Oratório). O objetivo do governador na época, Orestes Quercia (1987-1991) era fazer a linha verde chegar até a região da Vila Prudente, na área do bairro do Oratório, completando assim todo o trajeto. Ao sair do governo, Quércia entregou a linha do ramal paulista apenas o trecho Ana Rosa até a estação Clínicas sendo deixado ao seu sucessor, o ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (1991-1995) a continuidade das obras, porém o governo sequer ousou prolongar a linha até lá deixando esse ramal fechado até Ana Rosa. Dos governos seguintes, Mário Cóvas (1995-2001) e Geraldo Alckmin (2001-2006) pouco fizeram e pensaram a respeito desta ampliação. Em outra corrente, na capital paulista, o então prefeito Celso Pitta (1997-2001) trouxe o conceito do VLP (veículo leve sobre pneus) apelidado de "Fura-Fila" como um modal revolucionário que funcionária com veículos elétricos ligando o Terminal Mercado na região do Parque dom Pedro até a região do Sacomã. As obras deram início e testes foram realizados com protótipos do "Fura-Fila", inclusive já no trecho em que os VLP's operariam, mas o fracasso e a corrupção de seu governo impediu que tal obras continuassem, deixando pilastras no esqueleto por longo do seu futuro trajeto com bilhões desperdiçados e um grande rombo aos cofres públicos. A sucessora de Pitta, ex-prefeita Marta Suplicy (2001-2005), assumiu o projeto de levar o VLP até seu destino. Com seu marketing, o projeto foi rebatizado como "Paulistão" e a promessa era continuar as obras até o destino final no bairro do Ipiranga, porém o projeto pouco foi revisto e permaneceu por mais 4 anos parado. Em 2005 na curta passagem pela prefeitura, o que duraria até poucos meses de 2006 para poder se candidatar ao governo do estado, o ex-prefeito José Serra retomou as obras e mudou pela terceira vez o nome do projeto, chamou-se então Expresso Tiradentes. Deixou a cargo do seu sucessor Gilberto Kassab, ex-prefeito de 2007 a 2012 a entrega do sistema que nessas horas tinha seu projeto de VLP trocado por corredor exclusivo de ônibus a diesel que claro, aproveitou as estruturas abandonadas para refazer o novo modal. Em 2009 foi entregue uma bifurcação do Expresso Tiradentes. A linha 5109 (Term Sacomã-Terminal Vila Prudente) era um projeto antigo do "Paulistão" da Marta em que levaria ou melhor, prolongaria a
estrutura do Expresso Tiradentes até o bairro de Cidade Tiradentes na zona leste passando pelo bairro de São Mateus. Nesse mesmo ano, o projeto foi revisto e o prefeito Gilberto Kassab junto com o então governador Serra, decidiram fazer desde trajeto que aparentemente seria feito por ônibus, como uma especie de metrô leve. Em paralelo, a linha 2-verde, foi ampliada, com algumas estações entregues como Chácara Klabin, Imigrantes, Alto do Ipiranga e Sacomã, retomando aquele antigo trajeto inicial da linha de levar até o Oratório. A fase da Expansão SP que começaria em 2008 e visaria obras para o Metrô e CPTM, acabou influenciando no trajeto da linha 2-verde mudando um traçado antigo e dando prioridade a um novo sistema de transportes. Foi de acordo com a pesquisa "origem-destino" (pesquisa essa que onde a população é consultada sobre locomoção e mobilidade urbana) que todo aquele trajeto de 20 anos atrás deveria ser refeito. A linha 2 já não terminaria mais no Oratório e seus estudos agora o levam para seguir até o município de Guarulhos. A linha de metrô leve que Serra e Kassab planejariam até Cidade Tiradentes, acabou sendo mudado para Monotrilho, que aproveitaria a estação final da linha 2, Vila Prudente e partiria até o extremo leste por via elevada. Denominada a futura linha 15- Prata, começaram em 2011 as obras para o monotrilho da cidade de São Paulo ligando o bairro de Vila Prudente até São Mateus. Em 2012, chegaram os primeiros carros da Innovia, fabricado pela canadense Bombardier para a operação do monotrilho (esses carros foram entregues com a conclusão em parte do páteo Oratório). Com a promessa de entregar parte do sistema no ano de 2014, o governo inaugurou apenas 2km que compreende as estações de Vila Prudente (integração com a linha 2-verde) e a estação Oratório em Agosto deste ano finalizando uma promessa de mais de 20 anos desde a promessa de levar a linha 2 até essa região. O monotrilho terá 15 estações partindo de Oratório, porém apenas 8 ainda encontram-se em obras. Esse trecho é da Estação Oratório até a estação São Mateus com previsão de entrega para 2016. O último trecho levará o monotrilho de São Mateus até o bairro de Cidade Tiradentes, bairro estes que carecem de melhor transporte público. O governo pretende prolongar o lado oeste da linha saindo da Vila Prudente até a estação Ipiranga da CPTM, fazendo integração com a linha 10. O monotrilho desenvolvida pela canadense Bombardier será movido pelo sistema de CBTC e não terá operador no trem (salvo em caso de emergências) pois o trem possui o sistema de driverlles e é a primeira linha que será operara pelo Companhia do Metropolitano neste quesito, já que a linha 4 que dispõe tanto do CBTC quando da operação driverless é gerenciada pela Via Quatro por meio da CCR. A principal queixa dos usuários durante os testes do monotrilho é relativo aos poucos bancos que o veículo traz dentro seus 7 carros. Segundo a companhia, a sensação de poucos lugares se dá por causa da lotação e o veículo é capaz de levar mais pessoas quando se tem poucos bancos disponíveis. Outra indagação dos usuários é a trepidação que o trem faz quando percorre esses 2km a uma altura relativamente alta mas segundo a Bombardier e o Metrô o sistema é 100% seguro, tendo ficado 7 meses em testes para garantir ao usuário total conforto nas futuras viagens. A linha já inaugurada será aberta somente aos finais de semana sem cobrança de tarifa em forma de testes e da população ter a oportunidade de conhecer o novo sistema sendo possivel sua operação assistida ampliada posteriormente até as 24hs e com total integração com a linha 2-verde.

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