Metrô em tempo real

1/28/2015

Mafersa/sob licença The Budd Company A33/133 (Década de 1990 - frota antiga)

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Budd Mafersa A33
História do A33: Em comemoração dos 50 anos da fundação da Companhia do Metropolitano no dia 24 de Abril de 2018, foi entregue no nosso blog o render do modelo o que foi o modelo mais emblemático e um dos mais antigos do Metrô até 2012, o modelo A33 (Tue 33). No começo da década de 1970, foi projetado o primeiro modelo de metrô brasileiro, depois de anos de estudo, que viria desde a década de 1920, com maquetes de estações, linhas e trens que seriam desenvolvidos até então pela São Paulo Light and Power Co.,(operadora de bondes da capital em até então em parceria com a Light). Porém os estudos ficaram estagnados até que em 1968 nasce a Companhia do Metropolitano, o Metrô, que ficaria responsável por tocar os projetos de criação e expansão das futuras linhas. 
A primeira linha projetada foi a então Norte-Sul (que ligaria os bairros de Santana a Jabaquara) por túneis em sistema de VCA (vala a céu aberto), shield (atualmente conhecido como "Tatuzão", pra perfurar terrenos mais densos, como o solo do centro da cidade) e via elevado (pra evitar erosões na varzea do Rio Tietê). Começando as obras em trechos, o sistema de VCA "rasgou" a área sul da cidade interrompendo a circulação de grandes avenidas. Nesse tempo, no começo da década de 1970 já estava em implementação o pátio Jabaquara, na qual este ficaria responsável por abrigar os trens e áreas de manutenção da companhia. 
Para implementar o sistema de trens, o Metrô encomendou a fabricação do seu primeiro modelo atravéz da Mafersa (detentora da antiga fabrica na Lapa, atualmente da Alstom) e pra isso voltou naquela época a parceria que desenvolveu com a americana The Budd Company, na qual deu a licença para a mesma (a primeira parceria entre as empresas deu-se 15 anos antes, para o modelo 100 da EFSJ). Assim então foi projetado o primeiro trem metroviário brasileiro!
Em 1972 quando ainda o Patio Jabaquara estava sendo construído, foi entregue o primeiro protótipo do que seria o primeiro trem metroviário. Chegou no pátio um tue com formação de dois carros. Vale lembrar que a operação da linha Norte-Sul poderia ser usado três tipos de tues diferentes: 2 carros pra baixa demanda, 4 carros pra demanda média e 6 carros pra demanda alta. Como o modelo chegou na configuração mínima, necessáriamente útil pra baixa demanda, era sim, um trem completo! 
A sua entrega foi festejada no bairro do Jabaquara com a presença de autoridades e a unidade percorreu um pequeno trecho do patio até então. No mesmo lugar, o modelo recebeu as atualizações necessárias para a operação da linha (incluindo reforço do batente nas portas e sistema pneumático pra abertura das mesmas). O tue até então entregue, seria o último de uma série de 33 trens com 198 carros de um primeiro lote chamado A, seria responsavel pelos primeiros anos de operação da linha e devido a isso, para a companhia era conhecido como trem 133 (onde 1 é referência para a linha Norte-Sul). Uma das curiosidades do modelo é que, além de operar com 2, 4 e 6 carros, fato esse que nunca ocorreu, suas cabines ocupavam só a metade da máscara frontal. O modelo Budd Mafersa foi inspirado nos trens BART da Califórnia por dotar do mesmo sistema. ]
Nesse tempo também foram desenvolvidos os outros 108 carros para o sistema, chamado de Lote B e até 1975, um ano após a inauguração da linha, já tinha 1306 carros operantes na Norte-Sul. Quanto a operação de 2 ou 4 carros, isso nunca veio a acontecer, pois a demanda da linha era tão alta, que ficou inviável desmembrar os trens pra fazer esse "esquema estratégico". Essas cabines intermediárias foram sendo abandonadas conforme a companhia montava os 6 carros e nunca mais foram usadas, a não ser pra canibalização, uma espécie de repositores de peças para as cabines operantes. Com a junção das composições, a companhia acabou misturanto os lotes A e B num trem só. 
Exemplo: o tue 133 tinha entre as composições do protótipo, um modelo do lote B. Se seguisse a numeração correta, o tue teria os carros 1193 até o 1198 na ordem, porém com o acoplamento irregular, as unidades 1197 e 1198 foram parar no trem 134 (na qual seria a primeira unidade do lote B). 
O metrô permaneceria 30 anos operando o trem nessas configurações até que em 2004 surgiu a primeira mudança nos modelos Budd. Foram mudados o sistema de mecanização das portas para se assemelhar com os modelos C, D e E. Até então os lotes A e B, cada porta fechava sua "folha" individualmente e logo depois da modificação, começaram a fechar sincronizadas umas com as outras. O processo durou até 2007 quando a unidade 118 foi o último modelo a receber a atualização de portas. Também foram elimidadas as borrachas largas que existiam entre as portas e foram modificadas pro padrão macho-fêmea, onde as portas se conectavam uma as outras pra evitar que o sistema de trens "bugasse" ao não entender se as portas estavam totalmente fechadas. O sistema também não duraria muito, pois logo em 2010 foi mandado a modernização os primeiros trens pra modernização para desenvolver o projeto "Expansão SP" do governo que iria viabilizar até então, uma "ampla" melhoria no sistema de trilhos da capital e RMSP.
Nesse tempo também foi modificada a numeração dos trens. Se antigamente havia várias carros embaralhados dificultando a comunicação entre os operadores, cada unidade recebeu uma letra e uma sequencia de 3 números, por exemplo o modelo 33, virou A33 para os usuários e então cada carro recebeu uma numeração mais específica:
exemplo: A33 (onde A é a frota, no caso a primeira, e 33 o número do trem. Cada carro recebeu uma numeração de 1 a 6 acompanhado do número do trem: carro A336 (onde 6 é o carro líder sentido sul).

Continua...

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